domingo, 6 de fevereiro de 2011

EGITO

Depois de 30 anos de ditadura, o país apresenta, pela primeira vez, a possibilidade de mudanças no governo.
Dois terços da população do Egito nunca conheceram outro governante. Quando este grupo nasceu, o ditador Hosni Mubarak já comandava o país. Hoje, o mundo inteiro assiste aos protestos de milhares de jovens contra um regime que, depois de três décadas, ainda oprime 80 milhões de habitantes.
O Egito é um dos países mais populosos do mundo e tem uma economia incapaz de sustentar o crescimento demográfico. Cerca de 40% da população vive com menos de R$ 3,00 por dia e o país está na 101ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A pobreza, o desemprego em massa, o aumento nos preços dos alimentos e a repressão política foram fatores essenciais para a eclosão dos protestos das últimas semanas.
Em quase duas semanas de revolta, o Egito apresenta, pela primeira vez, depois de 30 anos de ditadura, a possibilidade de mudar as condições de vida da população rompendo com um regime opressor. O que os especialistas avaliam é se esta será uma virada para um caminho totalmente novo, com a criação de um governo democrático conduzido pela demanda popular, ou uma porta aberta para forças anti-Ocidente completarem o processo iniciado no Irã com a Revolução de 1979.
Diário do Nordeste

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